sexta-feira, 29 de julho de 2011

Lilith Balangandã (Poema de Elisa Lucinda)



Ponho o lenço do pescoço na cabeça
Molho os cabelos com calma
uma mulher é uma espécie de alma com enfeite
Chega diante do espelho
adorna-se como uma árvore de natal
nem é natal
mas ela vai dar bola
Às vezes não varre o quintal
mas pinta as maçãs
blushes ruges
Às vezes não costura
mas realça cortinas
cílios rímel lápis
Às vezes não conserta as portas
mas pinta as bordas das janelas
pálpebras delineador sombra
Mulher é uma Eva encantada
de espalhar-se por fora
em paraíso
batom cintura tesão juízo
pulseiras brincos balangandãs
são seus sonhos de fachada
que repetem de dentro
que rondam a porta da casa
Invento de princesa
Durante todas as primaveras
um cardume de cinderelas
ainda insiste dentro dela.


4 comentários:

  1. trovões... trovões... trovões...

    Coisa linda demais meu reiiii.... meu balangandã é precioso por demais, vice?!

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  2. Valeu, meninas! Sabia que vcs iam gostar! rsrsrs

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  3. É o poder da beleza feminina... a estima aflora, "durante todas as primaveras"... rsrs

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