quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Rainhas Africanas: Nzinga



Estreou na Netflix a série Rainhas Africanas: Nzinga. Combinando dramatização e documentário, com depoimentos de especialistas, a série pretende explorar a ascensão e o legado de grandes rainhas do continente africano, como o nome sugere.

A primeira temporada da atração conta com quatro episódios, dedicados a Nzinga, uma rainha guerreira de Dongo e Matamba, na região onde atualmente se localiza Angola, no século XVII, em meio a traições familiares e rivalidades políticas.

Narrada por Jada Pinkett Smith, que também é a produtora, a série tem no elenco Adesuwa Oni, Chipo Kureya e Marilyn Nnadebe.

"Eu realmente queria representar as mulheres negras. Não costumamos ver ou ouvir histórias sobre rainhas negras, e era muito importante para mim, assim como para minha filha e para nossa comunidade em geral, poder contar essas histórias" — destacou a produtora no material de divulgação da série.

No fim, é isso: uma maneira de assumirmos o protagonismo da nossa própria história, na contra-mão do que a versão "oficial" dos fatos fez por séculos.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

LeBron James ultrapassa Kareem Abdul-Jabar e é o maior cestinha da história da NBA

 




Senhoras e senhores, hoje vimos a história sendo feita! LeBron James se tornou o maior pontuador da NBA, após superar Kareem Abdul-Jabar e derrubar um recorde que já durava 39 anos. Era um número considerado inatingível e um dos poucos que faltavam pra que o King James pudesse ser considerado GOAT (maior de todos os tempos) na eterna e polêmica comparação com Michael Jordan. 

Pena que joga no Lakers, né? Ninguém é perfeito... 😬

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Beyoncé é a maior vencedora da história do Grammy



A lendária cantora se tornou, na noite do último domingo (5), a artista com mais prêmios Grammy de todos os tempos, totalizando 32 gramofones.

Bey foi reconhecida com o prêmio de Melhor Álbum de Música Dance/Eletrônica com o elogiado disco Renaissance e também recebeu o Grammy de Melhor Canção de R&B por “CUFF IT”. Além disso, levou para casa mais dois prêmios: Melhor Gravação Dance/Eletrônica por “BREAK MY SOUL” e Melhor Performance de R&B Tradicional por “PLASTIC OFF THE SOFA”.

Com essas vitórias, a artista alcançou oficialmente o recorde e fez um discurso de aceitação emocionante, sendo ovacionada pela plateia da cerimônia:

Estou tentando não ser muito emotiva e estou tentando apenas processar esta noite. Quero agradecer a Deus por me proteger. Gostaria de agradecer ao meu tio Jonny, que não está aqui, mas está aqui em espírito.

O disco mais recente de Beyoncé é justamente dedicado ao seu tio, Jonny, que faleceu devido a complicações do HIV (via Buzzfeed). A cantora ainda agradeceu o apoio da família e concluiu dizendo:

"Gostaria de agradecer à comunidade queer por seu amor e por inventar esse gênero."

Fonte: Tenho Mais Discos Que Amigos

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Morre a jornalista Glória Maria, ícone da TV

 


Na Globo desde 1971, a carioca foi a primeira repórter a entrar ao vivo e, em cores, no Jornal Nacional. De 1998 a 2007, apresentou o Fantástico e, desde 2010, integrava a equipe do Globo Repórter.


A jornalista Glória Maria morreu no Rio nesta quinta-feira (2). A causa da morte não foi informada, mas ela lutava contra um câncer desde 2019.

Glória foi pioneira inúmeras vezes. Foi a primeira a entrar ao vivo no Jornal Nacional e inaugurou e era da alta definição da televisão brasileira. Mostrou mais de 100 países em suas reportagens e protagonizou momentos históricos.

“Eu sou uma pessoa movida pela curiosidade e pelo susto. Se eu parar pra pensar racionalmente, não faço nada. Tenho que perder a racionalidade pra ir, deixar a curiosidade e o medo me levarem, que aí eu faço qualquer coisa.”

Vida e carreira

Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou. “Aprendi inglês, francês, latim e vencia todos os concursos de redação da escola”, lembrou, ao Memória Globo.


Glória também chegou a conciliar os estudos na faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) com o emprego de telefonista da Embratel.

Em 1970, foi levada por uma amiga para ser radioescuta da Globo do Rio. Em uma época sem internet, era ouvindo as frequências da polícia que se descobria o que acontecia na cidade. Fazer uma ronda de telefone, ligando para batalhões e delegacias, também era tarefa de um radioescuta.

Na Globo, tornou-se repórter numa época em que os jornalistas ainda não apareciam no vídeo. A estreia como repórter foi em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. “Quem me ensinou tudo, a segurar o microfone, a falar, foi o Orlando Moreira, o primeiro repórter cinematográfico com quem trabalhei”.

Glória Maria trabalhou no Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio — coube a ela a primeira reportagem do matinal local, há 40 anos, sobre a febre das corridas de rua.

No Jornal Nacional, foi a primeira repórter a aparecer ao vivo. Cobriu a posse de Jimmy Carter em Washington e, no Brasil, durante o período militar, entrevistou chefes de estado, como o ex-presidente João Baptista Figueiredo.

“Foi quando ele [João Figueiredo] fez aquele discurso ‘eu prendo e arrebento’ – para defender a abertura (1979). Na hora, o filme acabou e não tínhamos conseguido gravar. Aí eu pedi: ‘Presidente, é a TV Globo, o Jornal Nacional, será que o senhor poderia repetir? Problema seu, eu não vou repetir’, disse Figueiredo. Onde ela chegava, o ex-presidente dizia para a segurança: ‘Não deixa aquela neguinha chegar perto de mim’”, relembra.

Sucesso no Fantástico

A partir de 1986, a jornalista integrou a equipe do Fantástico, do qual foi apresentadora de 1998 a 2007. Ficou conhecida pelas matérias especiais e viagens a lugares exóticos, e por entrevistar celebridades como Michael Jackson, Harrison Ford, Nicole Kidman, Leonardo Di Caprio e Madonna.


Com a cantora, teve um encontro que ela define como especial. “Eu saí daqui, e diziam que a Madonna era difícil. Foi antipaticíssima com a Marília Gabriela e debochou do seu inglês”. Ao chegar, Glória Maria foi informada de que tinha quatro minutos para entrevistar Madonna.


A repórter conta que entrou em pânico. Mas, na hora, falou: “Olha, Madonna, eu tenho quatro minutos, vou errar no inglês, estou assustada, acho que já perdi os quatro minutos.” Para sua surpresa, a estrela virou-se para a equipe técnica e disse: “Dê a ela o tempo que ela precisar.”


Para o Fantástico, a jornalista viajou por mais de 100 países, passando pela Europa, África e parte do Oriente, quando mostrou um mundo novo ao telespectador.


Foi a repórter que entrou no ar ao vivo, na primeira matéria a cores do Jornal Nacional, em 1977, mostrando o movimento de saída de carros do Rio de Janeiro, em um fim de semana. Naquele dia, foram usados equipamentos portáteis de geração de imagens.

A jornalista cobriu a guerra das Malvinas (1982), a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista (1996), os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e a Copa do Mundo na França (1998).


Primeira transmissão em HD


Em 2007, ao lado do repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues, a jornalista realizou a primeira transmissão em HD da televisão brasileira. Foi uma reportagem no Fantástico sobre a festa do pequi, fruta de cor amarela adorada pelos índios Kamaiurás, no Alto Xingu.


Volta ao mundo no Globo Repórter


Após 10 anos no Fantástico, Glória Maria tirou dois anos de licença para se dedicar a projetos pessoais, como as viagens à Índia e à Nigéria, onde trabalhou como voluntária. Nesse período, adotou as meninas Maria e Laura e, ao retornar à Globo, em 2010, pediu para integrar a equipe do Globo Repórter, programa do qual fazia parte até hoje.

Em 2016, visitou a Jamaica, onde teve a oportunidade de entrevistar o campeão mundial de atletismo Usain Bolt e participou dos rituais de uma comunidade rastafári.


Em 2017, Glória Maria foi à China e fez matérias em Hong Kong, onde cuidou de um panda gigante, e pulou do mais alto bungee-jump do mundo em Macau, com 233 metros de altura.


Em setembro de 2019, Sérgio Chapelin se aposentou, após 23 anos no Globo Repórter. A partir daquele mês, Glória Maria passou a dividir o programa com a jornalista Sandra Annenberg.

Fonte: G1

Iemanjá ajuda Olodumaré na criação do mundo.

 


Olodumare-Olofim vivia só no Infinito, cercado apenas de fogo, chamas e vapores, onde quase nem podia caminhar.

Cansado de não ter com quem falar, cansado de não ter com quem brigar, decidiu por fim àquela situação. Libertou as suas forças e a violência delas fez jorrar uma tormenta de águas.

As águas debateram-se com rochas que nasciam e abriram no chão profundas e grandes cavidades, fazendo-se os mares e oceanos, em cujas profundezas Olocum foi habitar.

Do que sobrou da inundação, se fez a terra.

Na superfície do mar, junto à terra, ali tomou seu reino Iemanjá, com suas algas e estrelas-do-mar, peixes, corais, madrepérolas.

Ali nasceu Iemanjá em prata e azul, coroada pelo arco-íris de Oxumarê.

Olodumaré e Iemanjá, mãe dos Orixás, dominaram o fogo do fundo da Terra e o entregaram ao poder de Aganju, o mestre dos vulcões, por onde ainda respira o fogo aprisionado.

O fogo que se consumia na superfície do mundo, eles apagaram e, com suas cinzas, Orixá Ocô fertilizou os campos, propiciando o nascimento de ervas, frutos, árvores, florestas que foram dados aos cuidados de Ossaim.

Nos lugares onde as cinzas foram escassas, nasceram pântanos, e nos pântanos, a peste que foi doada pela mãe dos Orixás ao filho Omulu.

Iemanjá encantou-se com a Terra e a enfeitou com rios, cascatas e lagoas. Assim surgiu Oxum, dona das águas doces.

Quando tudo estava feito e cada natureza se encontrava na posse de um dos filhos de Iemanjá, Obatalá, respondendo diretamente às ordens de Olorum, criou o ser humano. 

E o ser humano povoou a Terra.

E os Orixás pelos humanos foram celebrados.

(PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás, p. 380-381)