quinta-feira, 31 de maio de 2012

Oiá liberta Xangô da prisão usando o raio

Segue abaixo mais um dos mitos do panteão Iorubá reunidos por Reginaldo Prandi no livro Mitologia dos Orixás.




Faziam festas para Xangô em Tákua Tulempe.
As mulheres eram loucas por ele e os homens o invejavam.
Eram festas de hipocrisia.
Em um destes festejos, prenderam Xangô e o trancaram num calabouço.
Xangô tinha uma gamela onde via tudo que acontecia,
mas havia deixado sua gamela na casa de Oiá.
Passaram-se alguns dias e Xangô não voltava pra casa.
Foi quando Oiá olhou para a gamela de Xangô e viu que ele estava preso.
Da prisão, Xangô sentiu que alguém mexia na gamela e pensou:
"Ninguém além de Oiá sabe usá-la".
Xangô, então, lançou muitos trovões para que Oiá o ouvisse e o encontrasse.
Oiá recebeu a mensagem, acendeu sua fogueira e começou a cantar seus encantamentos.
Oiá pronunciou algumas palavras e cruzou seus braços em direção ao céu.
Nesse momento, o número sete se formou no céu.
Um raio partiu as grades da prisão e Xangô foi libertado.
Ao sair, Xangô viu Oiá, que vinha pelo céu num redemoinho e levou Xangô para longe da terra Tákua.
Oiá libertou Xangô com o raio.
Oiá libertou Xangô com o vento.
Oiá libertou Xangô.

PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 306.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Basta!


Chega de ser "culpado" até prova em contrário, de ser julgado pelos "tribunais de rua" da polícia e da imprensa sensacionalista.
É revoltante ligar a TV em determinados horários e canais, vendo os banhos de sangue e os pré-julgamentos contradizerem todos os Direitos Humanos.
Tudo isso precisa acabar!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Superando estereótipos


Homens e mulheres Negr@s não devem se esconder e deixar que os velhos preconceitos e imposições culturais/estéticas determinem o que é "feio" e o que é "bonito". O mais importante é você se aceitar da maneira que você é e sentir feliz com seu próprio corpo, assim como com seu cabelo.
Homens não precisam andar de cabeça raspada, e as mulheres não precisam alisar os cabelos o tempo todo, a menos que realmente queiram. Mas, se quiserem fazer, que o façam por opção, mesmo sabendo que não há nada de ruim em viver com seu cabelo natural (que não significa estar "mal cuidado", "sujo" ou "bagunçado", como muitos dizem por aí...).
Tem uma música aqui na Bahia que diz: "se assuma, ser negão é massa!"
Massa é ser feliz do jeito que você preferir, ainda que os artistas da TV ou as capas de revistas hegemônicas discordem!
Black Is Beautiful!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

sábado, 5 de maio de 2012

Sankofa

"Não se pode construir uma casa pro verão do ano passado."

"Nunca é tarde para voltar e recolher o que ficou pra trás". Esse é o significado do Sankofa, um dos Adinkra, conjunto de ideogramas que compõem a escrita dos povos Akan, tradicionais habitantes da África Ocidental.
Significa que devemos usar o passado como experiência e, assim, moldar o nosso presente e nosso futuro, para que nossos erros passados não se repitam.
Por isso, a cabeça desta ave mitológica (usada frequentemente como símbolo da filosofia Sankofa) é voltada para trás, mas os pés continuam indo pra frente, progredindo.
A maior lição do Sankofa é:
Aprenda com os erros do passado, mas não fique preso a eles.