domingo, 31 de dezembro de 2023

Nunca se acostume com a opressão


 "As pessoas se habituam a tudo. Quanto menos você pensar na opressão em que vive, maior será sua tolerância a ela. Depois de um tempo, as pessoas pensam que a opressão é o estado natural das coisas."

(Assata Shakur)

Gosto de ler biografias das pessoas que admiro porque, ao ver tudo que elas passaram, em tempos até piores que o nosso, isso dá esperança de que a gente pode superar também. Que mulher foda!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Dia de Thomas Sankara

 


21 de Dezembro, aniversário do Revolucionário de Burkina Faso, Capitão Thomas Sankara.


"Poucas pessoas da esquerda conhecem Thomas Sankara. 


Ele, que é considerado o Che Africano por suas semelhanças com o guerrilheiro argentino (desde a boina até o fato de falar francês e a amizade com Fidel) comandou um pequeno país africano por menos de uma década, mas fez ele progredir de forma extremamente rápida.


Em 1983, ele – então um capitão de 33 anos – liderou um golpe popular contra o governo do Alto Volta(antiga colônia francesa) e mudou completamente a política daquele país empobrecido.


A primeira ação foi mudar o nome do país para Burkina Faso (‘’Terra dos Homens Justos’’ na língua local) para tornar o país independente e destruir o odiado passado colonial. Não só isso, mas ainda livrou o país das dívidas e da influência do FMI e do Banco Mundial.


Suas políticas domésticas focaram em evitar a fome com uma reforma agrária com ênfase na autossuficiência, priorização da educação com uma campanha nacional de alfabetização, e promoção da saúde pública ao vacinar milhões de crianças contra doenças como meningite e febre amarela. Ainda fez uma ambiciosa campanha de construção de estradas e trilhas.


Sankara também fez coisas maravilhosas para as mulheres. Mulheres conseguiram cargos em seu governo, que proibiu a mutilação genital, a poligamia e os casamentos forçados. Fez muito mais: encorajou-as a permanecer trabalhando e estudando mesmo se grávidas. Veja o discurso de Sankara sobre as mulheres em espanhol:


http://andaluciaproletaria.blogspot.com/2010/01/la-liberacion-de-la-mujer-una-exigencia.html


Para combater os corruptos, Sankara chegou a instituir tribunais revolucionários e mesmo Comitês de Defesa da Revolução (baseando-se na Revolução Cubana, que ele admirava).


Tais atitudes irritaram muito os imperialistas franceses. 4 anos depois de tomar o poder, foi deposto e assassinado em um golpe financiado por um cara que era seu companheiro, Blase Compaoré, pago pela França que foi presidente do país, e hoje está exilado na Costa do Marfim.


Uma semana antes de morrer, declarou: 


‘’Você pode matar um revolucionário, mas não pode matar idéias’’."

Sankara terminava sempre seus discursos com a frase: "A Pátria ou a morte! Venceremos!"