quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

What a Wonderful World - Louis Armstrong

Eu sei. Estamos longe de viver em um "mundo maravilhoso", como canta Louis Armstrong, mas, enquanto existir UMA pessoa justa nesse mundo, ainda temos chance de ver alguma mudança positiva. O fim de um ciclo e o início de outro sempre traz reflexões, balanços do que foi feito e do que pode ser feito de maneira diferente no ano seguinte...
Muitas vezes sequer lembramos de nossas metas traçadas no início do ano quando ele está perto de terminar, mas temos 365 oportunidades pra fazer nossa vida e a dos outros valerem a pena.



Que Mundo Maravilhoso (What a Wonderful World, de Louis Armstrong)

Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também
Eu as vejo florescer para mim e você
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

Eu vejo os céus tão azuis e as nuvens tão brancas
O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da noite
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

As cores do arco-íris, tão bonitas no céu
Estão também nos rostos das pessoas que se vão
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: "como você vai?"
Eles realmente dizem: "eu te amo!"

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer
Eles aprenderão muito mais que eu jamais saberei
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

Sim, eu penso comigo... que mundo maravilhoso


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Tambor de Crioula recebe título de Patrimônio Cultural do Brasil

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O Tambor de Crioula agora é Patrimônio Cultural do Brasil.


Nesta sexta-feira, dia 14 de dezembro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Maranhão (IPHAN-MA) realizará a cerimônia de titulação do Tambor de Crioula, manifestação da cultura popular registrada em 18 de junho de 2007 no Livro de Registro das Formas de Expressão como Patrimônio Cultural do Brasil. A cerimônia acontece no Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, na Praia Grande. Estarão presentes na solenidade representantes dos grupos de Tambor de Crioula de São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar, além das instituições que congregam os grupos – IPHAN-MA, representado pela superintendente Kátia Bogea; a Comissão Maranhense de Folclore, na figura de Sérgio Ferretti e a secretária de Estado de Cultura (Secma), Olga Simão – e outras autoridades.
Antes da cerimônia, o Comitê Gestor da Salvaguarda do Tambor de Crioula promoverá uma reunião com representantes dos 100 grupos do município da Ilha de São Luís. Além disso, o coordenador geral do comitê, Neto de Azile, apresentará as ações desenvolvidas pelo Comitê no ano de 2012 e do plano de trabalho elaborado para o próximo ano. O IPHAN entregará 100 certificados e, em seguida, uma roda de tambor será realizada na Praça Valentino Cécio para festejar o título do primeiro bem cultural maranhense registrado pelo IPHAN.
O título de Patrimônio Cultural também mobiliza recursos públicos dos governos Federal e Estadual que serão aplicados na proteção do Tambor de Crioula. Com esses recursos, que envolvem um convênio assinado entra IPHAN-MA e Secma de R$ 500 mil na execução do projeto Salvaguarda do Tambor de Crioula. Esses investimentos possibilitarão a realização de encontros, festivais, oficinas e seminários voltados para os praticantes do tambor com objetivo de valorizar e preservar a preservação dessa expressão cultural maranhense. Ainda está prevista a produção de vídeos, gravação de CDs e a compra de equipamentos para o Centro de Referência do Tambor.
Fonte: Portal Geledés

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Um Século de Luiz Gonzaga!

Gonzagão quebrou paradigmas, deselitizou os salões e mostrou um Brasil que  o próprio Brasil desconhecia.

Há exatos 100 anos atrás, em 13 de dezembro de 1912, na cidade de Exu, interior de Pernambuco, nascia a maior referência que o Nordeste possui até hoje. Luiz Gonzaga do Nascimento, que recebeu o merecido apelido de "Rei do Baião", cantou as belezas da cultura nordestina para os quatro cantos do país, mas também foi responsável por mostrar as carências da região, o flagelo da seca e a pobreza que ainda alimenta as classes dominantes do Brasil, mesmo um século depois de seu nascimento.
A principal música de sua carreira, Asa Branca, composta em parceria com Humberto Teixeira em 1947, é considerada o hino do Nordeste e já teve centenas de regravações em vários ritmos e até em outros idiomas.
Para além das idealizações que se costumam fazer aos "heróis", Gonzaga foi um homem simples, com diversos problemas, erros e acertos, como qualquer um de nós. Teve conflitos familiares, dilemas amorosos, dificuldades financeiras e morreu de parada cardiorrespiratória em 2 de agosto de 1989, aos 76 anos, depois de ter sofrido com uma osteoporose por vários anos. Mas o Luiz Gonzaga que se eternizou na história do Brasil é o homem que saiu de uma pequena cidade pernambucana e se tornou bem-sucedido fazendo algo sem precedentes até então, mas que revolucionou a maneira de se fazer música. A Música Popular finalmente se tornou Brasileira quando Gonzagão colocou o Nordeste no mapa.
Viva o Rei do Baião!




Asa Branca (Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira)

Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornalha 
Nem um pé de plantação 
Por falta d'água perdi meu gado 
Morreu de sede meu alazão

Até mesmo a asa branca 
Bateu asas do sertão 
Então eu disse adeus Rosinha 
Guarda contigo meu coração

Quando o verde dos teus olhos 
Se espalhar na plantação 
Eu te asseguro não chores não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Hoje longe muitas léguas 
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão

Quando o verde dos seus olhos
Se espalha na plantação
Eu te asseguro
Não Chores não, viu?
Que eu voltarei, viu meu coração.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Nunca é demais lembrar...


Não desperdice seu tempo e energia vital lamentando pelo que deu errado. Concentre-se no que você pode fazer para que tudo dê certo!
Axé!
Prosperidade!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O mestre-sala dos mares


Em 6 de dezembro de 1969, morre João Cândido, o "Almirante Negro", que liderou a Revolta da Chibata no Rio de Janeiro, se opondo aos castigos físicos que ainda eram impostos aos marinheiros em 1910, quando a sociedade pós-abolição não admitia mais que as pessoas fossem punidas com violência. Segue abaixo a música de João Bosco e Aldir Blanc, tão lindamente eternizada por Elis Regina. Salve João Cândido!
Foto de João Cândido em jornal de 1910

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas
Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
Que, a exemplo do feiticeiro, gritava então
Glória aos piratas
Às mulatas, às sereias
Glória à farofa
à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais
Mas salve
Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo...


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Iansã ganha seus atributos de seus amantes

Em homenagem ao dia de Iansã, segue um dos contos reunidos por Reginaldo Prandi no livro Mitologia dos Orixás.



Iansã usava seus encantos e sedução para adquirir poder.
Por isso entregou-se a vários homens, deles recebendo sempre algum presente.
Com Ogum, casou-se e teve nove filhos, adquirindo o direito de usar a espada em sua defesa e dos demais.
Com Oxaguiã, adquiriu o direito de usar o escudo, para proteger-se dos inimigos.
Com Exu, adquiriu os direitos de usar o poder do fogo e da magia, para realizar os seus desejos e os dos seus protegidos.
Com Oxóssi, adquiriu o saber da caça, para suprir-se de carne e a seus filhos.
Aprimorou os ensinamentos que ganhou de Exu e usou de sua magia para transformar-se em búfalo, quando ia em defesa dos seus filhos.
Com Logum Edé, adquiriu o direito de pescar e tirar dos rios e cachoeiras os frutos d'água para a sobrevivência sua e de seus filhos.
Com Obaluaê, Iansã tentou insinuar-se, porém, em vão.
Dele nada conseguiu.
Ao final de suas conquistas e aquisições, Iansã partiu para o reino de Xangô, envolvendo-o, apaixonando-se e vivendo com ele para a vida toda.
Com Xangô, adquiriu o poder do encantamento, o posto da justiça e o domínio dos raios.