domingo, 21 de fevereiro de 2021

Malcolm X e o "racismo reverso"

 


No dia 21 de fevereiro de 1965, El-Hajj Malik El-Shabazz foi assassinado de maneira brutal e covarde durante um discurso no Harlem. Malcolm tornou-se um mártir na luta contra o racismo e a opressão capitalista. Em um de seus fortes discursos, ele criticou a famigerada e errônea ideia do que chamam de "racismo reverso":

“A imprensa nos chama de racistas e pessoas ‘violentas em sentido inverso’. Eles fazem você pensar que se você tentar parar a Ku Klux Klan em um linchamento, você estará praticando a ‘violência em sentido inverso’. Eu ouço muitos de vocês repetindo o que o homem branco diz. Você diz: ‘Eu não quero ser uma Ku Klux Klan em sentido contrário’. Se um criminoso vem em sua casa para praticar um roubo e você o expulsa com sua arma, isso não faz de você um ladrão. Agora, eu digo que é hora de os negros montarem um tipo de ação, uma unidade, para que não sejamos mais um povo amedrontado. Mas quando dizemos isso, a imprensa nos chama de racistas ao contrário.” 


FONTES: http://www.malcolm-x.org/speeches/spc_021465.htm

Malcolm X Brasil

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala torna-se a primeira mulher a comandar a OMC

 


A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala tornou-se a primeira mulher a ser diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A nomeação foi confirmada oficialmente em reunião da entidade nesta segunda-feira (15). O mandato dela começa em 1º de março de 2021.

"Uma OMC forte é vital se quisermos nos recuperar completa e rapidamente da devastação causada pela pandemia da Covid-19. Estou ansiosa para trabalhar com os membros para moldar e implementar as respostas políticas que precisamos para fazer a economia global funcionar novamente", disse a nova diretora-geral da OMC.

Okonjo-Iweala tem 66 anos e é economista especializada em finanças globais. Foi diretora de operações do Banco Mundial, onde fez carreira por 25 anos, além de ter sido a primeira mulher a comandar o ministério das Finanças da Nigéria, cargo que ocupou por duas vezes (2003 a 2006 e 2011 a 2015).

Ela também presidiu a Aliança Global para Imunização e Vacinação (GAVI, na sigla em inglês) e liderou um dos programas da Organização Mundial da Saúde de luta contra a Covid-19.

Entre reconhecimentos pelo seu trabalho, estão, entre outros, a indicação como uma das 8 mulheres que inspiram na luta anticorrupção pela Transparência Internacional (2019), uma das 50 maiores líderes mundiais pela revista Fortune, em 2015, e esteve entre as 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista Time, em 2014.

Desde a criação da OMC, em 1995, apenas homens comandaram a instituição: três europeus, um neozelandês, um tailandês e um brasileiro. O último deles foi o brasileiro Roberto Azevêdo, que deixou o cargo em agosto.

Okonjo-Iweala, chamada de Dra. Ngozi, foi a única candidata que restou na disputa, com amplo apoio da União Africana e da União Europeia. Seu nome só não foi confirmado mais cedo pelos 164 membros da entidade em virtude de oposição dos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump.

Os americanos trabalhavam pela indicação da ministra do Comércio da Coreia do Sul, Yoo Myung-hee. No último dia 5, Myung-hee retirou seu nome da disputa e abriu caminho para Okonjo-Iweala.

A decisão de Seul de retirar sua candidata se dá duas semanas depois que o democrata Joe Biden assumiu o poder na Casa Branca.

Fonte: G1

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Iemanjá irrita-se com a sujeira que os homens lançam ao mar

 



"Logo no princípio do mundo, Iemanjá já teve motivos para desgostar da humanidade.

Pois desde cedo, os homens e as mulheres jogavam no mar tudo que a eles não servia. 

Os seres humanos sujavam suas águas com lixo, com tudo o que não mais prestava, velho ou estragado.

Até mesmo cuspiam em Iemanjá, quando não faziam coisa muito pior.


Iemanjá foi queixar-se a Olodumaré.

Assim não dava pra continuar.

Olodumaré ouviu seus reclamos e deu-lhe o dom de devolver à praia tudo que os humanos jogassem de ruim em suas águas. 

Desde então, as ondas surgiram no mar.

As ondas trazem para a terra o que não é do mar."

(PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás,p. 392)