segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Sugestão de filme: A Ponte


 A Ponte (2017) é um filme nigeriano dirigido por Kunle Afolayan.

 Fala sobre os desafios enfrentados pela médica Stella Maxwell (Chidinma Ekile), da etnia igbo, e pelo piloto Obadare Adeyemi (Ademola Adedoyin), que é um príncipe iorubá. Por serem de etnias diferentes, suas famílias não aprovam seu casamento.

 Como sempre, vale a pena assistir no idioma original, pra perceber a alternância entre o inglês e o iorubá nos diálogos dos personagens. Já temos familiaridade com algumas palavras do iorubá, devido à preservação do idioma nas religiões de matrizes africanas e na capoeira. Assim, "Kábíèsí" é traduzido por "vossa alteza" para se referir ao rei, e "Asè" para "assim seja", por exemplo.

Vale a pena perceber a importância que as pessoas dão à tradição e o respeito à cultura e à ancestralidade.

Os trajes também são impecáveis e eu sempre fico com vontade de ter todos!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Morre a cantora Elza Soares, aos 91 anos

 

“É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais. Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação. A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo. 

Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim”


Pedro Loureiro, Vanessa Soares, familiares e Equipe Elza


quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Sugestão de filme - King Richard: Criando Campeãs

 


King Richard: Criando Campeãs é um filme inspirado na história de Richard Williams (interpretado por Will Smith), o pai de Venus e Serena Williams (Saniyya Sidney e Demi Singleton, respectivamente). 

Duas meninas de uma família de cinco irmãs, saídas de Compton, uma das cidades mais violentas e discriminadas dos EUA, mas que se tornaram as duas maiores tenistas de todos os tempos.


 Richard Williams é visto como controverso em várias de suas atitudes, mas fez o que tinha de fazer pra se impor e conquistar o respeito devido para si mesmo e para as filhas Negras em um dos esportes mais elitistas do mundo.


Mais uma vez fiquei impressionado (porém não surpreso) por um filme como esse ter tido tão pouco espaço nos cinemas. Há alguns anos, notei que os cinemas de Salvador não são muito chegados a protagonistas Negros que não são submissos. Graças ao streaming e aos torrents, não dependemos mais exclusivamente deles.

King Richard: Criando Campeãs está disponível na HBO Max.



terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Meu Teste de Ancestralidade

 



Desde que eu soube que era possível fazer um exame de DNA pra verificar nossa origem, eu sempre quis fazer. É algo que nos foi negado e ocultado por tantos séculos de escravidão e de racismo (inclusive, defendo que esses testes deveriam ser bancados pelo Estado, como uma mínima medida de reparação histórica). Os brancos, principalmente os descendentes de imigrantes europeus que habitam o sudeste e o sul do Brasil, não têm tanta dificuldade em saber de onde seus ancestrais vieram. Por que deveria ser diferente com as populações Negras? Conhecer nossa origem é como fazer as pazes com nosso passado. 

SOBRE O TESTE

Existem algumas empresas que prestam esse serviço no Brasil, mas fiz pela Meu DNA. Você coleta o material genético da bochecha, através de um kit que eles enviam, e depois manda de volta para eles. Dentro de algumas semanas, o resultado está pronto. O exame verifica até 88 populações do planeta, e consegue localizar de 5 até 8 gerações passadas, por isso o resultado é tão amplo e a porcentagem é tão pulverizada.








Aproximadamente 90% da minha carga genética veio da África. Isso já era esperado, considerando todo o processo de colonização das Américas. Estima-se que cerca de 180 milhões de brasileiros compartilham uma herança genética africana (86% da população do país) ainda que não saibam disso. O diferencial aqui é a porcentagem especificando de que partes do continente africano meus ancestrais vieram. 83,3% do meu DNA se localiza na África Ocidental.

Em uma primeira etapa da escravidão no Brasil, do século XVI até a metade do século XVIII, a principal região de origem dos seres humanos sequestrados e escravizados foi o Centro-Oeste africano, em particular a região que hoje corresponde a Angola.

Eles chegavam principalmente aos portos de Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, antes de serem transportados para todo o país. Os navios que se destinavam aos portos da Bahia (de onde eu sou), por outro lado, partiram principalmente da região do Golfo do Benim, que hoje corresponde à Nigéria. Isso explica a maior porcentagem do meu DNA nesta região.







Aqui está a minha surpresa. Eu sabia que teria uma pequena porcentagem europeia na minha carga genética, mas imaginei que seria de uma região mais óbvia como a Península Ibérica, de onde vieram os principais colonizadores do Brasil. Só que os 10% que aparecem vieram do sudeste da Europa, mais precisamente da Grécia!

Pelo que pesquisei rapidamente, a primeira fase de imigração grega para o Brasil aconteceu durante o Império. Com o projeto de desenvolvimento (e embranquecimento) do Brasil de D. Pedro II, chegaram as primeiras famílias, iniciando pela família Calógeras que veio em 1841 de Corfu. 

A segunda fase ocorreu entre 1914 a 1940, e a terceira, durante a Guerra Civil Grega e após a II Guerra Mundial, no período de 1951 a 1960.

Estima-se que 50 mil gregos morem no Brasil atualmente.


Fiquei satisfeito com o resultado do teste. Conhecer nossa ancestralidade é mais do que apenas saciar uma curiosidade antiga, é a primeira resposta pra uma série infindável de questões. Preencheu uma das várias lacunas da minha história. Recomendo muito a quem puder fazer!




domingo, 9 de janeiro de 2022

Começou a Copa Africana de Nações!



 

A bola vai rolar neste domingo para a Copa Africana de Nações, o maior torneio de seleções do continente. Após ser adiada em 2021 por conta da Covid-19, a competição finalmente será disputada a partir deste fim de semana em Camarões. Veja a seguir as principais informações sobre o campeonato.

FORMATO DE DISPUTA

24 seleções são divididas em seis grupos de quatro, com as duas primeiras colocadas de cada chave avançando. Além disso, os quatro melhores terceiros colocados no geral também garantem vaga entre 16 melhores, disputando, assim, as oitavas de final.

+ Veja a tabela e os jogos da Copa Africana de Nações

GRUPOS
Grupo A: Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões e Etiópia
Grupo B: Guiné, Malawi, Senegal e Zimbábue
Grupo C: Comores, Gabão, Gana e Marrocos
Grupo D: Egito, Guiné-Bissau, Nigéria e Sudão
Grupo E: Argélia, Costa do Marfim, Guiné Equatorial e Serra Leoa
Grupo F: Gâmbia, Mali, Mauritânia e Tunísia


DATAS
O torneio começa neste domingo e irá até o início de fevereiro. A primeira fase vai do dia 9 de janeiro até o dia 20 de janeiro. O mata-mata começará três dias depois, com as oitavas de final sendo disputadas nos dias 23, 24, 25 e 26. As quartas de final serão entre os dias 29 e 30. As semifinais acontecem nos dias 2 e 3 de fevereiro, enquanto a decisão de terceiro lugar e a final serão no dia 6.

SEDES
Cinco cidades camaronesas foram escolhidas para sediar o torneio. Ao todo, seis estádios receberão os jogos.

Yaoundé (capital): Estádio Olembé e Estádio Ahmadou Ahidjo
Douala: Estádio Japoma
Garoua: Estádio Roumdé Adjia
Bafoussam: Estádio Kouekong
Limbe: Estádio Limbe Omnisport

+ Confira os jogadores mais valiosos da Copa Africana de Nações, que começa neste domingo

ESTRELAS
​Jogadores de grandes clubes do mundo estarão presentes na competição. Apesar da resistência de muitas equipes pelo fato do torneio acontecer durante a temporada europeia, as estrelas representarão suas seleções.

Dona da casa, Camarões conta com André Onana (Ajax) e Eric Maxim Choupo-Moting (Bayern de Munique). Uma das favoritas, Senegal tem Édouard Mendy (Chelsea), Kalidou Koulibaly (Napoli), Gana Gueye (PSG) e Sadio Mané (Liverpool). Gana conta com os irmãos Ayew, André (Al-Sadd) e Jordan (Crystal Palace). Marrocos terá Achraf Hakimi (PSG), enquanto Gabão contará com Pierre-Emerick Aubameyang (Arsenal).

Outra seleção que promete muito é o Egito, de Mohamed Salah (Liverpool), um dos principais jogadores do mundo atualmente. A Nigéria vem com Kelechi Iheanacho (Leicester) e Wilfried Ndidi (Leicester). Atual campeão, Argélia tem Riyad Mahrez (Manchester City) e Ismaël Bennacer (Milan). Na Costa do Marfim, os destaques são Eric Bailly (Manchester United), Franck Kessié (Milan), Nicolas Pépé (Arsenal) e Sébastien Haller (Ajax) e Wilfried Zaha (Crystal Palace).

ONDE ASSISTIR
A Copa Africana de Nações terá transmissão da Bandeirantes em rede aberta no Brasil. Neste domingo, estreia da competição, a emissora transmite as duas partidas do dia: Camarões x Burkina Faso, às 13h, e Etiópia x Cabo Verde, às 16h. Ambos os jogos no horário de Brasília.

Fonte: Lance