quinta-feira, 30 de julho de 2015

"Eu tenho um sonho!": O discurso de Martin Luther King Jr.

Martin Luther King Jr. pregava a resistência pacífica, porém, firme contra a segregação racial nos Estados Unidos.

O famoso discurso do pastor e líder dos movimentos pelos direitos civis dos Negros dos Estados Unidos na década de 60, Martin Luther King Jr., proferido na Marcha sobre Washington, em 28 de agosto de 1963:
"Digo a vocês hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades de hoje e de amanhã, ainda tenho um sonho.
É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Tenho um sonho de que um dia esta nação se erguerá e corresponderá em realidade o verdadeiro significado de seu credo: 'Consideramos essas verdades manifestas: que todos os homens são criados iguais'.
Tenho um sonho de que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos de ex-escravos e os filhos de ex-donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da irmandade.
Tenho um sonho de que um dia até o Estado do Mississippi, um Estado desértico que sufoca no calor da injustiça e da opressão, será transformado em um oásis de liberdade e de justiça.
Tenho um sonho de que meus quatro filhos viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo teor de seu caráter.
Tenho um sonho hoje.
Tenho um sonho de que um dia o Estado do Alabama, cujo governador hoje tem os lábios pingando palavras de rejeição e anulação, será transformado numa situação em que meninos negros e meninas negras poderão dar as mãos a meninos brancos e meninas brancas e caminharem juntos, como irmãs e irmãos.
Tenho um sonho hoje.
Tenho um sonho de que um dia cada vale será elevado, cada colina e montanha será nivelada, os lugares acidentados serão aplainados, os lugares tortos serão endireitados, a glória do Senhor será revelada e todos os seres a enxergarão juntos.
Essa é nossa esperança. Essa é a fé com a qual retorno ao Sul. Com esta fé poderemos talhar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar os acordes dissonantes de nossa nação numa bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé podemos trabalhar juntos, orar juntos, lutar juntos, ir à cadeia juntos, defender a liberdade juntos, conscientes de que seremos livres um dia.
Esse será o dia em que todos os filhos de Deus poderão cantar com novo significado: "Meu país, é de ti, doce terra da liberdade, é de ti que canto. Terra em que morreram meus pais, terra do orgulho do peregrino, que a liberdade ressoe de cada encosta de montanha".
E, se quisermos que a América seja uma grande nação, isso precisa se tornar realidade.
Então que a liberdade ressoe dos prodigiosos picos de New Hampshire.
Que a liberdade ecoe das majestosas montanhas de Nova York!
Que a liberdade ecoe dos elevados Alleghenies da Pensilvânia!
Que a liberdade ecoe das nevadas Rochosas do Colorado!
Que a liberdade ecoe das suaves encostas da Califórnia!
Mas não só isso --que a liberdade ecoe da Montanha de Pedra da Geórgia!
Que a liberdade ecoe da Montanha Sentinela do Tennessee!"
Que a liberdade ecoe de cada monte e montículo do Mississippi. De cada encosta de montanha, que a liberdade ecoe.
E quando isso acontecer, quando deixarmos a liberdade ecoar, quando a deixarmos ressoar em cada vila e vilarejo, em cada Estado e cada cidade, poderemos trazer para mais perto o dia que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestante e católicos, poderão se dar as mãos e cantar, nas palavras da velha canção negra, 'livres, enfim! Livres, enfim! Louvado seja Deus Todo-Poderoso. Estamos livres, enfim!'"

Veja o discurso completo em:

sábado, 25 de julho de 2015

A Tereza de Benguela e a todas as mulheres Afro-Latino-Americanas e Caribenhas!

"Rainha Tereza" administrou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro José Piolho, pelo menos desde 1730.

Em 25 de julho de 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, aconteceu o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, com o objetivo de criar uma agenda positiva na luta das mulheres Negras contra o machismo, o sexismo e o racismo, visto que o feminismo das mulheres brancas não as contemplava.  

Deste encontro, surgiu o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, ou simplemente, Dia Internacional da Mulher Negra, um dia especial de reflexão contra os tipos peculiares de violência e discriminação que atingem a mulher Negra nesta parte do continente.
No Brasil, a data ainda celebra Tereza de Benguela, líder quilombola do século XVIII, no Vale do Guaporé, Mato Grosso. Por sua administração forte no Quilombo do Quariterê, era chamada por todos de "Rainha Tereza".

A importância da figura de Tereza de Benguela está na valorização cívica de mulheres Negras, em um panteão quase todo formado por homens brancos, considerados os "heróis da Pátria". Sua presença é mais um ponto para a autoestima Negra e sua percepção enquanto sujeito histórico. Como alguém que age e interfere na História, que não fica assistindo passivamente à espera de uma salvação vinda do homem branco.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial


É necessário falar sobre o racismo sempre!
Ele existe e sua presença é cada vez mais forte. Precisamos combatê-lo e estar sempre vigilantes.
Denuncie!
Não se cale!