domingo, 26 de setembro de 2021

Mais um recorde: Lewis Hamilton torna-se o ÚNICO piloto a vencer 100 corridas

 


Lewis Hamilton fez história novamente na Fórmula 1, ao vencer o GP da Rússia e se tornar o único piloto a ver a bandeira quadriculada antes dos rivais pela centésima vez.

O heptacampeão mundial coloca mais uma marca incrível na sua prateleira de recordes e lidera o campeonato por apenas dois pontos a mais que Max Verstappen, da Red Bull.

O piloto mais próximo da marca centenária de Hamilton é Michael Schumacher, que venceu 91 vezes. A distância para os os demais pilotos fica ainda maior:  Sebastian Vettel, o único piloto da lista dos 5 maiores que ainda está em atividade, venceu 53 Grandes Prêmios. Alain Prost, com 51 e Ayrton Senna, com 41 triunfos, fecham a lista.

Ainda há quem questione a supremacia de Lewis Hamilton sobre todos os demais pilotos da história ou quem tente minimizar seus feitos, por estar na melhor equipe da atualidade. Não precisa ir muito longe pra entender o motivo. Afinal, não deve ser fácil aceitar que o único piloto Negro em 72 anos de Fórmula 1 conseguiu superar todos os pilotos brancos que este esporte elitista já teve.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

100% dos mortos pela PM em Salvador em 2020 eram homens Negros

 


O Profissão Repórter da TV Globo desta terça-feira (21) que abordou a violência policial mostrou um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública sobre os números da letalidade policial no estado da Bahia. Houve um aumento de 47% neste índice.

O número de pessoas mortas pela polícia na Bahia saltou de 773, em 2019, para 1.137, em 2020. O estado ultrapassou em números absolutos São Paulo — que teve 814 mortes — e se aproximou do Rio de Janeiro, o estado com a polícia mais letal do país, com 1.239 mortes registradas.


Os dados também indicam que 100% das vítimas de violência policial em Salvador eram homens negros.

Esses dados só reforçam o que sempre digo: a Polícia Militar é uma instituição genocida que se submete a tentar terminar o trabalho que a escravidão começou. 

A polícia não chega nos bairros periféricos de outra forma, é sempre a velha história da "troca de tiros".

Nunca houve nenhum plano concreto de ressocialização de pessoas marginalizadas. Não há o cuidado e o respeito aos moradores, todo mundo é visto como suspeito. Não recebemos sequer o benefício da dúvida. No começo desta semana, dois homens Negros foram encontrados mortos, horas após terem sido presos, "confundidos" com assaltantes de ônibus.


É por motivos assim que a maioria das pessoas Negras não confia na polícia. Não nos sentimos seguros nem protegidos por ela, até porque ela não foi criada pra isso. Ser homem Negro e periférico no Brasil é temer, ao mesmo tempo, ser abordado por criminosos ou ser parado por uma viatura em alguma rua deserta e mal iluminada.


Em nome de uma suposta "guerra contra as drogas", nosso povo vai sendo dizimado aos montes, todos os dias. Nessas horas, pouco importa se o governador é de "esquerda", como o petista Rui Costa (aquele mesmo que classificou a Chacina do Cabula como um "gol de placa da PM") ou de "direita", como o do tucano João Dória. O racismo no Brasil é ambidestro e o único sangue na calçada é o nosso.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Irmãos de Sangue: Muhammad Ali e Malcolm X

 



Estreou na Netflix o documentário "Irmãos de Sangue: Muhammad Ali e Malcolm X". Inspirado no livro de Randy Roberts e Johnny Smith, de 2016, o filme aborda a relativamente curta, porém intensa relação entre estes dois dos maiores ícones Negros de todos os tempos.
Nas palavras do ativista Dr. Cornel West:

"Você não é amado. Isso é ser negro em um mundo de supremacia branca. Não é amado, não é cuidado, é abandonado. É visto como menos bonito, menos moral, menos inteligente... e ainda dizem para sempre ter medo. Malcolm X? Muhammad Ali? Sem chance!

Muhammad Ali e Malcolm X foram os dois Negros mais livres do século XX. Por outro lado, há um outro fardo. Há um custo tremendo em ser uma pessoa livre e amorosa."
Cada minuto desse filme vale a pena!

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Da Diáspora, de Stuart Hall

 


Stuart Hall é uma referência pra mim no que se refere ao estudo da multiplicidade de identidades e culturas. 

Jamaicano de origem, morou na Grã-Bretanha de 1951 até a sua morte, em 10 de fevereiro de 2014. Devido a essa condição, escreveu a partir da diáspora pós-colonial, de um engajamento com o marxismo e o debate teórico sobre cultura, e de uma visão de cultura impregnada pelos meios de comunicação. 


"Da Diáspora", como o título sugere, trata da questão multicultural afrodiaspórica, em uma coletânea de artigos em que Hall dialoga com diversos autores.


O livro é dividido em cinco partes: controvérsias, marcos para os estudos culturais, cultura popular e identidade, teoria da recepção e Stuart Hall por Stuart Hall, em que ele concede uma entrevista sobre a formação de um intelectual diaspórico.