"Algumas pessoas jogam o jogo. Outras o mudam".
Estreou na Netflix "Colin em Preto e Branco", a série biográfica de Colin Kaepernick, ex-jogador do San Francisco 49ers, time de futebol americano. Kaepernick se tornou notícia fora da NFL por se ajoelhar durante a execução do hino dos EUA, em protesto ao racismo e à violência policial contra as populações Negras no país, em 2016. Como represália, não teve seu vínculo renovado com o 49ers nem foi aceito por mais nenhum outro time da liga profissional de futebol americano desde 2017.
Criada por Ava DuVernay (de Selma, Olhos que condenam, 13° Emenda) e pelo próprio Colin Kaepernick, que narra e intervém como se fosse um espectador da própria história, a série tem apenas seis episódios curtos, em que sua vida a partir do colegial serve como pano de fundo pra diversas questões, como racismo e política. Jaden Michael (de The Get Down) o interpreta em sua versão mais jovem.
Apenas 1/3 dos jogadores Negros da NFL se tornam quarterback (a posição de Kaepernick, considerada a mais importante do time, uma espécie de camisa 10 no nosso futebol), mesmo que os jogadores Negros sejam cerca de 70% na liga.
O protesto pacífico, solitário e silencioso de Kaepernick ganhou eco na NFL, NBA e se espalhou pelos campos de futebol de várias partes do mundo. Até mesmo o Comitê Olímpico Internacional reviu sua posição de proibir manifestações políticas nas Olimpíadas.
"Quem disse que resistir é inútil?"
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