sexta-feira, 29 de outubro de 2021

O neocolonialismo e a vacinação na África

 

Nenhuma novidade. Enquanto sobram vacinas na Europa e na América do Norte, enquanto as pessoas escolhem marcas de vacina como se fossem marcas de cerveja e  inventam fake news a respeito de sua eficiência, o continente africano, uma área com mais de 50 países, não possui nem 10% de sua população vacinada.


Quando as vacinas ainda estavam em fases iniciais de testes, muitos "especialistas" europeus defendiam usar os africanos como cobaias, fato que só não aconteceu devido à péssima repercussão. Agora que todo mundo sabe o quanto as vacinas são importantes, o resto do mundo esqueceu que a África existe.


Segundo um balanço feito pela agência de notícias France Presse, foram administradas 9 doses de vacinas para cada 100 habitantes na África inteira, contra 118 nos Estados Unidos e Canadá, 104 na Europa, 85 na Ásia, 84 na América Latina e Caribe, 69 na Oceania e 54 no Oriente Médio. Isso apesar de todo negacionismo.


A União Africana criou um fundo para aquisição dos imunizantes, mas as próprias fabricantes dificultam o acesso e priorizam a venda para outros continentes.


O racismo, o capitalismo e os desdobramentos do neocolonialismo na África fazem com que o continente continue sendo o que mais sofre nessa pandemia.


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