sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Baseado em fatos reais, "12 Anos de Escravidão" traz história forte e devastadora




O longa, dirigido por Steve McQueen e protagonizado por Chiwetel Ejiofor, é um dos fortes candidatos ao Oscar de Melhor Filme


Forte. Brutal. Devastador. Essas são palavras que podem descrever o filme "12 Anos de Escravidão", que chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira, 21 de fevereiro. Dirigido por Steve McQueen, de "Fome" (2008) e "Shame" (2011), o drama histórico protagonizado por Chiwetel Ejiofor e um talentoso elenco é um dos favoritos ao Oscar 2014.

Baseado em uma história real, "12 Anos de Escravidão" conta a luta de um homem pela liberdade e sobrevivência nos Estados Unidos antes da Guerra Civil (1861 a 1865). Solomon Northup (Ejiofor) é um homem negro e livre vivendo no estado de Nova York, quando, por volta de 1841, é sequestrado e vendido como escravo. De repente, ele perde tudo o que tinha, incluindo sua família, e se vê mergulhado em um pesadelo.


Seu primeiro dono é o paternal William Ford (Benedict Cumberbatch), que até lhe dá um violino, instrumento que Solomon toca muito bem. O pior, se é que se pode dizer assim, acontece quando Solomon Northup torna-se propriedade de Edwin Epps (Michael Fassbender), um homem extremamente violento que administra sua fazenda de algodão com um sistema punitivo severo e arbitrário. Epps, que recebeu Solomon como pagamento de uma dívida, não tem medo de pegar no chicote para fazer valer suas vontades e desejos. Aí entra em cena a escrava Patsey, interpretada magnificamente por Lupita Nyong'o. Patsey é o objeto de fixação de Epps e vê em Solomon um amigo e até uma possível solução para os seus problemas.

Dentro desse ambiente, o corpo e a mente de Solomon Northup são levados ao limite máximo. Mesmo com toda desgraça ao seu redor, ele se recusa a sucumbir à desesperança, sonhando que, um dia, voltará a ser um homem livre. Eis que então, no 12º ano de sua jornada, Solomon conhece um caridoso carpinteiro canadense chamado Samuel Bass (Brad Pitt). Contrário à escravidão, Samuel torna-se o caminho para a liberdade de Solomon, com a ajuda de uma carta declarando sua captura e sua atual situação. Onze anos, 8 meses e 26 dias depois, Solomon Northup é novamente um homem livre.
Então o filme de Steve McQueen é mais um filme sobre a escravidão? Não. Esse longa retrata a escravidão de um jeito nunca mostrado no cinema norte-americano. O filme é uma aula de história, um longa poderoso que mostra o terror devastador pelo quais milhões de homens e mulheres passaram. A verdade está ali, crua na tela do cinema. O que o espectador vê fala por si mesmo. O uso de takes longos e ininterruptos por  McQueen forçam quem está assistindo ao longa a absorver todo impacto daquilo que está sendo mostrado.
Para os fãs do trabalho de Steve McQueen, "12 Anos de Escravidao", não é tão artístico quanto seus outros filmes, "Fome" e "Shame". A linguagem agora é mais convencional e a narrativa, mais clássica. Mas a história é contada e muito bem. Não é a toa que o filme foi destaque em diversas premiações.

Além de "12 Anos de Escravidão" ser um dos fortes concorrentes ao Oscar de Melhor Filme, a produção ainda pode dar estatuetas a Chiwetel Ejiofor (Melhor Ator), Lupita Nyong'o (Melhor Atriz Coadjuvante) e Michael Fassbender (Melhor Ator Coadjuvante). No Oscar inglês, o Bafta, deu "12 Anos". Será que o filme repete o feito no premio máximo do cinema? Façam suas apostas.


(por Janice Scalco)

Fonte: MSN Entretenimento

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