Eu tava comentando no blog da minha amiga Lai (recomendo http://um-dedinho-de-prosa.blogspot.com) e percebi que temos angústias parecidas, no que diz respeito à Universidade. Dúvidas, desencantos... responsabilidade em cumprir nossos deveres, apesar das dificuldades que mudam de nível à medida que mudamos de semestre...
Talvez a ideia de Academia ainda tenha um status muito grande no imaginário das pessoas. Supervalorizamos aquele espaço, esperamos encontrar o que procuramos, queremos "salvar o mundo" e fazer a diferença pra alguém (sobretudo nos cursos de Ciências Humanas), mas sofremos o duro golpe da realidade, que nos mostra que nossa trajetória é bem menos romântica do que supúnhamos à época do vestibular. Falta de recursos financeiros e de iniciativas governamentais para uma educação pública e gratuita de qualidade são bons exemplos das dificuldades que enfrentamos.
Até hoje, 3 anos depois de me formar na Graduação e alguns meses depois de concluir o Mestrado em História, ainda questiono se tomei a decisão certa ao entrar nesse mundo, tão complexo e com tantos espinhos no caminho.
Mas agora que já comecei, não pretendo parar nunca mais! Apesar de ter a consciência de que ninguém pode realmente "salvar o mundo", sei das minhas responsabilidades e tento contribuir de alguma forma pra diminuir o hiato que existe na educação pública e no abismo que ainda separa brancos e negros na sociedade.
Pois é... vejo os calouros vestindo camisas de entidades políticas, passando nas salas, distribuindo informativos, fazendo campanha etc e prefiro que eles descubram por eles mesmos que isso é pouco, muito pouco. Mesmo assim, essa militância "romântica" é bonita e triste pela ineficácia. Mas há sempre o que fazer, ainda tenho sonhos, e é por isso que não desisto dessa bagaça rsrsrs.
ResponderExcluirPs.: Valeu o comentário lá no Dedinho ;)
É...Nós reclamamos, gritamos sem sermos ouvidos, mas nunca desistimos! Enquanto tiver uma pessoa justa nesse mundo, ainda vale a pena insistir e tentar mudar.
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