quinta-feira, 23 de junho de 2011

Poema do angolano Arlindo Barbeitos

Arlindo do Carmo Pires Barbeitos, nasceu em Catete, Província de Icolo e Bengo, Angola, em 24 de Dezembro de 1940. Em 1961, foi obrigado a fugir de seu país devido à efervescência política que afligia grande parte do continente africano. Essas questões podem ser percebidas nos seus poemas. Viveu na França, Bélgica, Suíça e Alemanha, onde cursou Antropologia e Sociologia na Universidade de Frankfurt. Tem doutorado  em Etnologia e foi professor na Universidade Livre de Berlim Ocidental e na Universidade de Angola,  para onde  regressou em 1975.

Obra Poética

  • Angola Angolê Angolema, 1975, Lisboa, Sá da Costa (de onde o poema abaixo foi retirado);
  • Nzoji (Sonho), 1979, Lisboa, Sá da Costa;
  • Fiapos de Sonho, 1990, Lisboa, Vega;
  • Na Leveza do Luar Crescente, 1998, Lisboa, Editorial Caminho.




Oh flor da noite/onde todo o orvalho se perde



Oh flor da noite
onde todo o orvalho se perde

teus olhos
não são estrelas
não são colibris

teus olhos
são abismos imensos
onde na escuridão
todo um passado se esconde

teus olhos
são abismos imensos
onde na escuridão
todo um futuro se forma

oh flor da noite
onde todo o orvalho se perde

teus olhos
não são estrelas
não são colibris



3 comentários:

  1. Fico muito feliz que você dedicou esse poema a minha pessoa. Ele é muito lindo, ameii.
    Espero que nos reflexos de meus olhos você se veja, pois você faz parte de meu presente. Pessoas queridas como sua pessoa deve ser sempre lembradas.
    “É preciso Amar as pessoas como não se houvesse o amanha” (8)
    Renato Russo sempre certo em seus pensamentos.
    Obrigada meu querido amigo Gill ^^

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  2. Vc merece! Acho que tenho mais motivos pra agradecer do q vc...

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