sábado, 30 de abril de 2011

Ícones Negros: Billie Holiday



Americana da Filadélfia e criada em Baltimore, Eleanora Fagan Gough teria completado 96 anos neste mês de abril, se ainda estivesse viva. Adotando o nome de Billie Holiday (Lady Day para os ínitmos), ela se tornou a maior cantora de Jazz que se tem notícia, segundo especialistas no assunto. Antes de chegar ao estrelato, Billie teve uma infância trágica e pobre. Abandonada pelos pais adolescentes, abusada sexualmente, acabou na prostituição ainda enquanto estava crescendo. O envolvimento com drogas era algo presente em sua vida.
Contudo, sua sorte começou a mudar quando se mudou para Nova Iorque com a mãe que voltara quando ela tinha 14 anos. Na década de 1930 começa sua carreira como cantora, atuando em barzinhos no Harlem e em outros lugares. O reconhecimento veio em meados desta década, em que Billie cantava composições próprias sobre as dificuldades que teve na vida. As músicas possuíam uma tristeza profunda, ao mesmo tempo em que a delicadeza de sua voz encantava a todos. "Strange Fruit", apesar de não ter sido escrita por ela, passou a ser mundialmente famosa após Billie emprestá-la a sua voz. A canção critica o racismo e a violência contra os afro-americanos, principalmente após o linchamento até a  morte de dois jovens negros. Realidade que ela conheceu na pele.
A partir da década de 1940, seus problemas com álcool e drogas começaram a se agravar e lhe custariam a vida. Atrapalhavam sua performance nos palcos e lhe causavam muita depressão. O último show de Billie Holiday foi em junho de 1959, em um evento beneficente em Nova Iorque, quando chegou a ser presa por porte de drogas. No mês seguinte, dia 17 de julho, Billie faleceu por overdose de drogas misturadas com álcool. Uma cantora fantástica, mas com uma vida conturbada e triste...

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