segunda-feira, 25 de maio de 2020

25 de Maio - Dia da África


No dia 25 de maio de 1963, chefes de estado e diplomatas de 32 países africanos independentes se reuniram em Adis Abeba, capital da Etiópia, a convite do imperador Haile Selassie, para traçar uma estratégia visando uma unificação do Continente Africano. Esse encontro aconteceu de 22 a 25 de maio e se encerrou com a criação da Organização da Unidade Africana (OUA). Nove anos depois, em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o 25 de maio como Dia da Libertação Africana, ou o Dia da África.

A OUA nasceu com os objetivos de promover a unidade e solidariedade entre os estados africanos; coordenar e intensificar a cooperação entre eles, para garantir uma vida melhor para os povos; defender a soberania, integridade territorial e independência desses estados; erradicar todas as formas de colonialismo; promover a cooperação internacional, respeitando a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos; e coordenar e harmonizar as políticas dos estados membros nas esferas política, diplomática, econômica, educacional, cultural, da saúde, bem estar, ciência, técnica e de defesa.

Em seu discurso de 1963, Jomo Kenyatta – pai da independência do Quênia – afirmou que a África só seria livre de verdade no dia em que se realizasse uma reunião de cúpula da OUA, na África do Sul, então sob o cruel regime do apartheid. Quase 40 anos depois, em 2002, a Organização das Nações Unidas realizou na cidade de Durban, naquele país, uma nova reunião de cúpula com participação de representantes de 53 países africanos, ratificando e ampliando sua carta magna. Foi o último encontro da OUA e ali nasceu um novo organismo: a União Africana (UA). O Dia da África serve para ajudar os afrodescendentes a refletir sobre o continente de origem de seus antepassados. Além de olhar para as civilizações que antecederam à Conferência de Berlim, que retalhou aquele continente com mais de 30 milhões de quilômetros quadrados e leiloou os pedaços entre potências europeias, temos de procurar conhecer a África de hoje.

Apesar de tudo, ainda precisamos perceber a África como realmente é: um continente vasto e plural, com suas particularidades culturais, climáticas e socioeconômicas. Não devemos generalizar os aspectos negativos, como a maioria das mídias faz frequentemente. O dia de hoje serve para perceber o quanto todos nós Negros nascidos na África ou na Diáspora já avançamos e onde precisamos avançar, pra superar o racismo e todas as outras formas de preconceitos e desigualdades.

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