domingo, 27 de março de 2011

Os frequentes casos de racismo no futebol





A "moda" persiste naquele mundinho chamado Europa. Os casos de racismo continuam em alta, mesmo com os apelos da FIFA e aquelas diversas campanhas antes dos jogos começarem. Antes isso era mais comum em países como Itália e Alemanha (eternos redutos do nazi-fascismo), além de Espanha, Portugal e Inglaterra. Agora isso acontece em qualquer lugar e até aqueles que aqui no Brasil não seriam considerados fenotipicamente negros (como Roberto Carlos no Anzi da Rússia e Marcelo no Real Madrid) vêm sofrendo com essas atitudes daqueles que se acham até hoje "mais civilizados que os outros".
A bola da vez agora foi o atacante do Santos e da Seleção Neymar no jogo do Brasil X Escócia realizado em Londres, que mais parece a nova casa da Seleção. Os acéfalos escoceses, ingleses ou algo que o valha atiraram bananas no campo durante o jogo e ofenderam Neymar com aqueles "elogios" criativos de sempre.
Não sei qual é o negócio da CBF com o Arsenal, já que o Brasil joga muito mais lá do que em qualquer estádio brasileiro, mas já passou da hora de parar de alimentar esses crápulas. Brasileiro tem de jogar é no Brasil! Os que vaiam e xingam são os invejosos, que não possuem o talento de Neymar, Eto'o, Drogba etc. nos seus times e acham que com essas ofensas o brilho desses jogadores vai diminuir.
A FIFA, que se acha a entidade máxima do futebol, com poderes absolutos, tem a OBRIGAÇÃO de punir todos os clubes, agremiações e federações cujos torcedores atirem objetos no gramado ou abusem de atos racistas. É lindo colocar faixas e cartazes com os dizeres: "Say no to racism" e "Respect", mas mensagens assim não sensibilizam ninguém. Têm que multar, punir e prender. O ser humano só sente no bolso ou com a privação de liberdade.
Não tenho esperança nenhuma de ver mudança no comportamento racista europeu. Historicamente essa sempre foi sua marca , vide a colonização e a relação que eles mantém com os países africanos ou latino-americanos. Só quero um mínimo de justiça e ver esses criminosos atrás das grades.

4 comentários:

  1. Seu último paragrafo expressa o que realemtne sinto. Isso não vai acabar nunca, mas a punição precisa vir. Eles sabem quem faz isso, cameras existem e não será em estadios modernos que elas faltaram, para identificar e punir, infelizmente com MArcelo passou "m branco" (isso nunca fez tanto sentido) e com Roberto Carlos também, e com Neymar vai acontecer a mesma coisa.

    ResponderExcluir
  2. É a velha confluência de interesses, minha querida. Punir grandes clubes e agremiações europeias é mexer no centro do poder e do $$$ que sustenta essa mola desregrada que se transformou o futebol. Imagine o Santiago Bernabéu (estádio do Real Madrid) fechado e o time ter que jogar em outro lugar? Imagine cobrar multas caríssimas pra Inter de Milão por xingarem Balotelli e dizerem que "não existem italianos negros"?

    ResponderExcluir
  3. Excelente texto Mestre Gil! A violência nos estádios europeus foi "controlada" através de ações que puniam efetivamente os clubes e os torcedores envolvidos. Não seria o caso de aplicar as mesmas regras aos casos de racismo no futebol? Enfim.. Os europeus podem ateh ter grana pra comprar bananas, entretanto os "macacos" citados em seu texto [ironic mode] fazem parte de um talentoso país que é o único pentacampeção mundial. Parabéns mais um avez pelo texto!

    ResponderExcluir
  4. Brigadão, velho!
    Você lembrou uma coisa que eu, com a raiva que tava quando postei, acabei esquecendo. Eles não acabaram definitivamente com a violência, mas diminuíram bastante a ação dos hooligans com prisões, com ações que forçavam os indiciados a comparecer às delegacias nos dias de jogos dos times que eles torciam etc. Soluções existem e são possíveis. O que falta mesmo é vontade política, ações concretas. A quem interessa prender essas pessoas? No caso dos hooligans eles depredavam patrimônios públicos e privados e ameaçavam a integridade física da população de maneira geral; nesses casos de racismo, apontados como "isolados", a população não se envolve por achar que "não tem nada com isso".

    ResponderExcluir