CURSO PREPARA SACERDOTES E SACERDOTISAS DA RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA E AFRO-INDÍGENA PARA SEREM RECONHECIDOS COMO TEÓLOGOS E TEÓLOGAS
Considerados como analfabetos, charlatães e curandeiros, estas duas práticas tipificadas como crimes no antigo código penal, criminalização que pode recrudescer caso seja aprovado o teor como se encontra no Senado o projeto de Lei nº 268, de 2002 que dispõe sobre o exercício da medicina, os sacerdotes e sacerdotisas da religião de matriz africana e afro-indígena podem não ser beneficiados pelo projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional que dispõe sobre o exercício e regulamentação da profissão de teólogo no Brasil.
O projeto nº 114, de 2005 de autoria do Bispo Marcelo Crivella da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e Senador da República reeleito, passou pela última tramitação em 06/05/2010 encontrando-se atualmente na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal com a relatora da matéria Senadora Marisa Serrano.
O projeto que volta à pauta do Senado nessa legislatura de 2011, sobretudo, mediante a força dos evangélicos pentecostais e, especialmente, neopentecostais nas eleições gerais de 2010 em que quase triplicou a bancada no Congresso, visa beneficiar indiretamente pastores e bispos da IURD.
Vale ressaltar que os dirigentes nacionais e internacionais da IURD foram ordenados a conclamarem os fiéis como uma determinação divina a votarem na então candidata Dilma Rousseff, sendo, portanto, decisivos os votos desses crentes nas eleições do segundo turno que sufragou nas urnas a atual presidenta do Brasil.
Como de práxis em todo e qualquer projeto que visa regulamentar uma nova profissão, este tem que reconhecer os/as que à época da aprovação da Lei já vinha exercendo a ocupação durante certo tempo. Assim, portanto, projeto do Bispo Crivella, no art. 1º, inciso III preceitua que o exercício da profissão de teólogos é assegurado “aos que, à data da publicação desta Lei, embora não diplomados nos termos dos incisos anteriores, venham exercendo efetivamente, há mais de cinco anos, a atividade de Teólogo, na forma e condições que dispuser o regulamento da presente lei”.
A ATRAI (Associação Nacional de Teólogos e Teólogas da Religião de Matriz Africana e Indígena) e a EGBÉ ÒRUN ÁIYÉ (Associação Afro-Brasileira de Estudos Teológicos e Filosóficos das Culturas Negras) conscientes de que a profissão ou o reconhecimento como teólogo e teólogo não será concedida a analfabetos ou a quem não possua o mínimo de formação epistemológica acerca da teologia da tradição religiosa que pratica, está oferecendo em todo o país, curso de aperfeiçoamento que visa preparar dirigentes de Terrer@s de Matriz Africana e Afro-Brasileira para fazer jus ao título de teólogos e teólogas afros.
Assim, portanto, o curso de Capacitação Afrodescendente de Visão de Mundo, Teológica e Filosófica da Religião de Matriz Africana e Afro-Indígena, que será ofertado em todo o Brasil na modalidade semipresencial, terá uma carga horária de 300 horas de estudos, destinado adeptos/as que possuam pelo menos o segundo grau completo ou equivalente.
O curso será coordenado e ministrado pelo Prof. Jayro Pereira – Teólogo da Religião de Matriz Africana e Afro-Brasileira (Mestre e Bacharel em Teologia, Licenciado em Ciências Religiosas, etc.), cabendo a certificação do curso às Faculdades Integradas Espírita, Curitiba, PE e/ou FACINTE – Faculdade Internacional de Curitiba, em fase das tratativas. Os cursos para as suas realizações estão sujeitos à formação de turmas.
Informações e inscrições: http://atraibr.org/ e-mail: teologiafro@yahoo.com.br
Fones Recife/ PE - (81) 9133-4473 / 8107-4811 / 9967-1418 e 8609-3796 – Porto Alegre / RS - (51) 33333-9736 / 3333-9224 / 9986-9719
Fonte: Correio Nagô
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