sábado, 31 de agosto de 2024

40 livros Afrocentrados para ler

 


Achei essa lista no Facebook e ampliei com alguns livros que eu tenho. É uma boa iniciação sobre os assuntos Afrikanos, sem intermediários.

1- Nações Negras e Cultura: Cheikh Anta Diop

2- História da África Negra: Joseph Ki-Zerbo

3- Para quando a África?: Joseph Ki-Zerbo

4- Pele Negra, Máscaras Brancas: Frantz Fanon

5- Os Condenados da Terra: Frantz Fanon

6 - O Legado Roubado: George M. James

7- Procure por mim na tempestade: Marcus Garvey

8- A contribuição da África para o progresso da humanidade: Moisés Kamabaya

9- O renascimento da personalidade africana: Moisés Kamabaya

10- Áfricas Ocultas: Gabriel Ambrósio Winner

11- África Negra: História e Civilizações: Elikia Mbokolo

12- Das independências às Liberdades: Elias Ngoenha 

13-  Afrocentricidade - Melefi Kete Asante 

14- A Unidade Cultural da África Negra: Cheikh Anta Diop

15- A crítica da razão negra: Achille Mbembe

16- Afrocentricidade: Mukale

17- O cristianismo e as mutações sociais em Afrika: Mwanamossy

18 A Intersubjectividade: J.P. Castiano

19- Teologia Afrikana: Mbimbikhó Kikhõ e Mwandhi Mpulavi

20- Filosofia Afrikana: Mubiano Mpovela

21- Da Diáspora: Stuart Hall 

22- História da África Negra: Boubakar Namori Keita

23- As almas do povo negro: William E. B. Du bois

24- Yurugu: Marimba Ani

25- Tradição Africana e a Racionalidade Moderna: Pea Elgungu

26- MUNTUISMO: A ideia de pessoa na filosofia africana contemporânea:  Enzo Bono

27- A Consciência Histórica Africana: Ndaye Diop

28 - Cheikh Anta Diop ou a Honra de Pensar: Jean- Marc Ela

29- A Invenção de África: Yves Valetim Mudimbe

30- A Ideia de África:  Yves Valetim Mudimbe 

31- NIKETCHE: Uma História da Poligamia: Paulina Chiziane

32- O Alegre Canto da Perdiz: Paulina Chiziane

33 - A Des-Educação do Negro: Carter Woodson

34 - Na Casa de Meu Pai: Kwame Anthony Appiah

35 - Dicionário Yorubá - Português: José Beniste

36 - A Enxada e a Lança: Alberto da Costa e Silva

37 - O Atlântico Negro: Paul Gilroy

38 - Discurso sobre o Colonialismo: Aimé Césaire

39 - A Manilha e o Libambo: Alberto da Costa e Silva 

40 - Nelson Mandela: Longa caminhada até a liberdade (autobiografia)


sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Obaluaê tem as feridas transformadas em pipoca por Iansã

 


Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás.

Obaluaê não podia entrar na festa, devido a sua medonha aparência.

Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro.

Ogum, ao perceber a angústia do orixá, cobriu-o com uma roupa de palha que ocultava sua cabeça e convidou-o a entrar e aproveitar os festejos.

Apesar de envergonhado, Obaluaê entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava,  compreendia a triste situação de Omulu e dele se compadecia.

Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão.

O xirê estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas equedes.

Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de mariô, levantando as palhas que cobriam sua pestilência.

Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaê pularam para o alto, transformadas em uma chuva de pipocas que se espalharam brancas pelo barracão.

Obaluaê, o deus das doenças, transformou-se num jovem belo e encantador.

Obaluaê e Iansã Igbalê tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.


(Reginaldo Prandi, Mitologia dos Orixás, p. 206-207)

Kwame Nkrumah e o Panafricanismo

 


"Não é somente a unidade que pode nos fundir em uma força efetiva, capaz de criar nosso próprio progresso e fazer nossa valiosa contribuição para a paz mundial? Que Estado africano independente reivindicará que sua estrutura financeira e instituições bancárias estão totalmente ligadas ao seu desenvolvimento nacional? Quem afirmará que seus recursos materiais e energias humanas estão disponíveis para suas próprias aspirações nacionais? Estamos aprendendo rapidamente que a independência política não é suficiente para nos livrar das consequências do domínio colonial. Temos estado muito ocupados cuidando de nossos Estados separados para entender completamente a necessidade básica de união, enraizada em um objetivo comum, em um planejamento comum e em um esforço comum."

Kwame Nkrumah, presidente de Gana, em discurso na Organização da Unidade Africana, 1963.