sábado, 26 de fevereiro de 2022

Enquanto condena Rússia, EUA bombardeiam a Somália com drone

 


Segundo o grupo militar dos EUA na Somália, em nota divulgada nesta quinta-feira, 24, o comando "conduziu um ataque aéreo contra terroristas do al-Shabaab depois que eles atacaram forças parceiras em um local remoto perto de Duduble". 

Poucas horas antes da escalada na crise entre Rússia e Ucrânia, na terça-feira, 22, os Estados Unidos bombardearam instalações de radicais do Al-Shabaab, uma filial da Al-Qaeda, na Somália, no Chifre da África. Ainda não foi possível saber o número de vítimas.

Ao todo, entre 2019 e 2020, os EUA realizaram 116 ataques aéreos contra o grupo extremista na Somália. A Anistia Internacional informa que há civis entre as vítimas. No final de 2020, o então presidente Donald Trump ordenou que a maior parte dos militares estadunidenses deixassem o país.

A Somália vive turbulência política em meio a atuação de grupos extremistas e operações do exército somali e dos militares dos EUA. A eleição parlamentar do país, que estava marcada para acontecer nesta semana, foi adiada para o próximo mês. Além disso, a nação do Chifre Africano vive sua pior seca em uma década.

A África e a Ásia são alvos constantes de ataques, bombardeios e todo tipo de tragédias, quase sempre patrocinados pelos Estados Unidos e pela União Europeia, numa guerra "silenciosa" que você quase nunca vê nos jornais nem em redes sociais. Não tem vídeo com fundo musical triste, não tem hashtag, não tem cobertura permanente da televisão. Estamos por nossa própria conta, aceitando o discurso ocidental conivente de "combate ao terrorismo" e de "defesa da democracia".

Fonte: A Tarde Online

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