quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O Pan-Africanismo

Bandeira Pan-Africana


O Pan-Africanismo é uma ideologia que defende a união dos povos de todos os países do continente africano, no combate ao preconceito racial, à pobreza, à instabilidade e aos demais problemas sociais, como uma alternativa para tentar resolvê-los. 

Uma das propostas seria o remanejamento étnico, promovendo a união de grupos étnicos aliados, que foram separados pelo colonizador europeu, além do restabelecimento de práticas religiosas ancestrais e dos idiomas tradicionais, traços culturais que foram proibidos ou desencorajados durante a colonização.

Na realidade, o Pan-africanismo é um movimento de caráter social, filosófico e político, que visa promover a defesa dos direitos do povo africano, constituindo um único Estado soberano para africanos que vivem ou não na África.


A teoria pan-africanista foi desenvolvida principalmente pelos indivíduos na diáspora americana, descendentes de africanos escravizados e pessoas nascidas na África a partir de meados do século XX, como William Edward Burghardt DuBois e Marcus Mosiah Garvey, entre outros, e posteriormente levados para a arena política por africanos como Kwame Nkurumah. No Brasil, foi divulgada amplamente por Abdias do Nascimento.

Normalmente, se consideram Henry Sylvester-Williams e o Dr. William Edward Burghardt Du Bois como os pais da Pan-Africanismo. No entanto, este movimento social conta com várias vertentes, que têm uma história que remonta ao início do século XIX.  O Pan-Africanismo tem influenciado a África, a ponto de alterar radicalmente a sua paisagem política e ser decisiva para a independência dos países africanos. Ainda assim, o movimento tem conseguido dois dos seus principais objetivos: a unidade espiritual e política da África, sob o pretexto de um Estado único, e a capacidade de criar condições de prosperidade para todos os africanos.
A bandeira da Etiópia


Duas diferentes combinações de três cores são referenciadas como as Cores Pan-Africanas: verdedourado e vermelho, primeiramente usadas na bandeira da Etiópia, o único país que resistiu à colonização europeia, e o vermelhopreto verde, adotadas pela organização internacional sediada nos Estados Unidos, AUPN (do inglês, Associação Universal Para o Progresso Negro, fundada por Marcus Garvey, em 1 de agosto de 1914, na Jamaica). Como tal, são usadas em bandeiras e outros emblemas para representar o Pan-Africanismo, a identidade africana, ou os Negros, enquanto raça, como símbolo de orgulho, respeito e identificação.

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