sábado, 20 de julho de 2013

Pra quem vive dizendo que racismo não existe.


O RACISMO NÃO ACABOU, foi com esta frase que Obama finalizou seu discurso em relação ao caso da morte do jovem negro Trayvon Martin.
O presidente , Barack Obama, entrou nesta sexta-feira no debate aberto após a absolvição de George Zimmerman pela morte do jovem negro Trayvon Martin. Ele falou de sua própria experiência como afro-americano no discurso mais sincero e pessoal sobre o racismo desde que assumiu a Casa Branca.

"Quando Trayvon Martin morreu, eu disse que ele poderia ter sido meu filho. Outra forma de dizê-lo é que Trayvon Martin poderia ter sido eu há 35 anos", afirmou Obama após aparecer de surpresa para os jornalistas na sala de imprensa da Casa Branca. O presidente emitiu um comunicado após saber do veredicto de um júri de Sanford (Flórida) que declarou Zimmerman, ex-vigilante branco, inocente de assassinar Martin com um tiro em 2012.
Ele qualificou de "compreensível" que tenha havido manifestações e protestos pela absolvição de Zimmerman.
"Há muito poucos homens afro-americanos que não tenham tido a experiência de ser perseguidos quando estavam comprando em uma loja. Isso inclui a mim. Caminhar por uma rua e escutar como se fecham as portas dos carros. Isso me aconteceu, pelo menos antes de ser senador", confessou o presidente. Para Obama, tudo isso contribui para criar a sensação que, se no lugar de Martin fosse um adolescente branco "o resultado e as consequências poderiam ter sido diferentes".
Obama se comprometeu a realizar "um trabalho melhor" para que os jovens afro-americanos "sintam que são uma parte integrante da sociedade, e que têm meios e condições para alcançar o sucesso". Para Obama, além disso, é importante fazer "um exame de consciência", mas não através de um diálogo racial impulsionado pelos políticos, mas com conversas "nas famílias, igrejas e lugares de trabalho".
O presidente concluiu seu discurso com um convite a não esquecermos "que as coisas estão melhorando" e que cada geração "parece estar fazendo progressos em quanto à mudança de atitudes em relação à raça". "Isto não quer dizer que estejamos em uma sociedade pós-racial. Não quer dizer que o racismo tenha acabado", advertiu.

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