segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Morre o ator James Earl Jones aos 93 anos

 


James Earl Jones, ator ganhador de todos os principais prêmios do entretenimento americano e conhecido como a voz de Darth Vader na franquia "Star Wars", morreu aos 93 anos nesta segunda-feira (9).

De acordo com o site Deadline, ele estava em sua casa, em Nova York, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada por seus agentes. A causa da morte não foi divulgada.

Amado e respeitado por diferentes gerações de colegas e de fãs, o americano é um dos poucos atores ganhadores dos maiores prêmios da TV (Emmy), música (Grammy), teatro (Tony) e cinema (Oscar) — uma classe conhecida popularmente como EGOT.

Depois de servir no exército americano durante a Guerra da Coréia, nos anos 1950, Earl Jones começou uma carreira nos palcos. Sua estreia na Broadway, região de Nova York onde as peças mais prestigiadas são apresentadas, aconteceu em 1957.

Em 1968, ganhou seu primeiro Tony como o protagonista da peça "The great white hope". O papel lhe rendeu ainda uma indicação ao Oscar em 1970, pela adaptação da obra para o cinema, "A grande esperança branca".


Seu primeiro trabalho no cinema aconteceu alguns anos antes, em 1964, no clássico "Dr. Fantástico", de Stanley Kubrick. Mas o personagem mais marcante de sua carreira, ou o que o deixaria mais conhecido pelo mundo, levaria mais 13 anos.

Em 1977, ele participou de "Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança" (na época ainda "Guerra nas Estrelas", no Brasil) como a voz profunda do vilão sombrio Darth Vader.

Depois de repetir a atuação nos três filmes da trilogia principal, ele voltou à capa e ao capacete para "Rogue One: Uma História Star Wars" (2016).

A voz característica seria uma marca em sua carreira bem sucedida. O ator também conquistou o público infantil ao dublar Mufasa, o pai do protagonista de "O Rei Leão" (1994).

Sua interpretação (e timbre) foram tão marcantes que ele foi um dos poucos do elenco original a voltar para a nova versão computadorizada de 2019.

Seu último trabalho no cinema aconteceu em 2021, ao retornar a outro personagem da realiza como o rei Jaffe Joffer de "Um príncipe em Nova York 2", com Eddie Murphy.

Apesar de não receber uma estatueta por nenhum trabalho específico, o ator ganhou o Oscar honorário em 2012.

Já no Emmy ganhou duas vezes, ambas em 1991, por "Conflito em Los Angeles" e "Anjo Maldito", além de outras seis indicações.


Pelo teatro, ganhou dois Tony de melhor ator e um honorário. Seu Grammy veio na categoria de narração em audiolivro, por "Great American Documents", em 1977.


Fonte: G1


quinta-feira, 5 de setembro de 2024

"Você é meu inimigo!"

 


Em 1967, Muhammad Ali se recusou a lutar na Guerra do Vietnã, por motivos religiosos e por não concordar com ela. Sua postura corajosa teve como consequência a prisão, perda dos seus títulos de campeão de boxe e banimento do esporte por mais de três anos, o que atrapalhou momentaneamente sua carreira, mas ajudou a imortalizá-lo como defensor dos direitos civis e da luta antirracista. 

"Eu não vou esquivar. Eu não estou queimando nenhuma bandeira. Não estou fugindo para o Canadá. Eu fico bem aqui. Você quer me mandar para a cadeia? 

Ok, vá em frente. Estou preso há 400 anos.

 Eu poderia ficar lá por mais 4 ou 5, mas não vou viajar 10.000 milhas para ajudar a matar outras pessoas pobres. 

Se eu quiser morrer, vou morrer aqui mesmo, agora, lutando contra você. Você é meu inimigo, não um chinês, um vietcongue, um japonês. 

Você é meu inimigo quando quero liberdade. Você é meu inimigo quando quero justiça. Você é meu inimigo quando quero igualdade. 

Você quer que eu vá a algum lugar e lute por você? Você nem mesmo vai me defender aqui na América, nem meus direitos ou minhas crenças religiosas. 

Você não vai me defender nem aqui, na minha casa."

Ali venceu muitas lutas, mas sua maior vitória foi fora dos ringues.