O italiano de ascendência ganesa Mario Balotelli é um dos principais alvos de racismo na Europa. |
UEFA multou nesta terça-feira a Federação Croata de Futebol pela conduta racista de seus torcedores
Nesta semana, a deputada socialista holandesa, Ermine Bozkurt, denunciou que em um treino na Polônia, jogadores negros da seleção de seu país foram insultados por espectadores que imitaram sons de macaco.
As práticas discriminatórias de torcedores na Eurocopa também chamaram a atenção do relator especial da ONU sobre Racismo, Xenofobia e Intolerância, Mutuma Ruteere. O funcionário pediu nesta terça-feira (19/06) aos governos e federações esportivas para combaterem os grupos racistas nos estádios.
No entanto, casos de discriminação e racismo em estádios europeus não são novos; pelo contrário, diversas torcidas organizadas no continente são assumidamente neonazistas.
Em 2006, em amistoso contra a Itália em Livorno, cerca de 100 torcedores da Croácia formaram uma suástica humana. Esta mesma torcida entoa saudações nazistas durante os jogos de sua seleção. Na Croácia, a torcida organizada do Dinamo Zagreb tem como símbolo um pitbull em cima da cruz do "orgulho branco" (imagem abaixo).
Em março do ano passado, o jogador brasileiro Roberto Carlos foi insultado por torcedores russos que lhe ofereceram bananas.
Os países-sede do campeonato europeu, Polônia e Ucrânia, são famosos pelas torcidas de extrema direita.
Durante o campeonato ucraniano deste ano, um grupo de torcedores do time Metalist Kharkiv agrediu estudantes asiáticos que assistiam a partida e apoiadores do Chornomorets Odesa realizaram a saudação nazista.
Na Polônia, a torcida "Legião Branca" do time Legia e a do Lech Poznan exibem símbolos e imagens nazistas e do movimento internacional "orgulho branco" (Foto abaixo). O jornal The Guardian denunciou torcidas polonesas que cantam "morte aos judeus" em estádios.
Movimento "orgulho branco" em mais uma de suas manifestações |
Antes mesmo do início da Eurocopa, jogadores negros anteciparam o problema.
Mario Balotelli, da seleção italiana, afirmou que caso sofresse algum tipo de discriminação em campo, abandonaria a partida. "Fiquem em casa, assistam na TV. Nem arrisquem... porque você pode acabar voltando em um caixão", aconselhou o ex-jogador de futebol inglês, Sol Campbell, em programa de televisão.
Fonte: Opera Mundi/ Portal Geledés
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