No dia 2 de fevereiro, celebramos Yemanjá, "a mãe cujos filhos são peixes", divindade dos povos Iorubá (Nigéria). Senhora dos mares, protetora dos pescadores, deusa da fertilidade e da prosperidade. Mãe dos Orixás.
Em Salvador, o culto a Yemanjá se destaca por não ser associado sincreticamente a nenhuma santa católica, como ainda acontece com outras divindades do Candomblé. Mãe Stella de Oxóssi sempre dizia que "santo é santo e orixá é orixá", ressaltando que o sincretismo foi importante durante a escravidão para a manutenção das religiões de matrizes africanas, que foram proibidas por séculos, pudessem continuar existindo, mas que hoje não é mais necessário.
É muito bom ver as praias cheias nesta data, mas ainda espero ver o respeito às religiões afro-brasileiras e indígenas no decorrer do ano.
Importante também preservar a origem Negra e Africana de Yemanjá, pra que a imagem dela sobreviva ao epistemicídio e ao embranquecimento, como já aconteceu com outras figuras históricas, mitológicas e religiosas pelo mundo.